quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DC

Na semana passada dei um pulo a Washington, DC.
Fui la para uma conferencia de neurociencias, mas, e porque ha que aproveitar nestas coisas, tirei uma tarde para dar um salto aos seus sitios mais emblematicos. Das primeiras coisas com que me deparei foi com um pinaculo falico, daqueles que qualquer nacao gosta de apresentar ao mundo (lembro-me do pinaculo em Paris, mas muitos outros haverao). Claro que os americanos nao ficariam atras. La mais ao fundo, um lago com vista para o pinaculo e para o capitolio (onde os senadores americanos fazem senadices, como aprovar dinheiro para ser gasto no iraque ou para ser esturrado pelos bancos aflitos). Num sitio mais escondido, a vivenda que o Obama arranjou como pouso durante uns anos, depois do texano de la sair.
O mais porreiro de tudo foi mesmo encontrar-me com o amigo Lincoln. Subi as escadarias como o Rocky, a sussubiar o 'the eye of the tiger', e depois encontrei-o ali sentado no meio do seu mausoleu. Claro que lhe pedi um conselho. Mas Lincoln so sabia falar mesmo era de liberdade, democracia e de fazer o que e certo e nao desistir e mais essas todas banalidades americanas que esta gente sabe de cor. La fiquei na mesma com as minhas perguntas existencialistas sem resposta. Mas ja devia saber que o Lincoln nao seria de grande ajuda. Talvez encontre nas velhas estatuas das cidades europeias mais sabedoria para estas coisas. Por isso, e ate agora, ca continuo a andar movido pela sabedoria do hamburguer.





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terça-feira, 25 de novembro de 2008

A arte e as cataratas

Ainda relativamente ao passeio que fiz faz duas semanas por sítios onde ainda não tinha estado. Uma foto tirada no MET, a outra no Whitney Museum of American Art, ambas o olhar da mais-idade. Gosto muito de ver pessoas mais velhas em museus. Tem o efeito de me sossegar. Talvez o olhar que cada um põe nas coisas belas afinal não se definhe no caminho entre o crescer e o ir morrendo. Pelo menos não para toda a gente. Há pois esperança.


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domingo, 23 de novembro de 2008

Qual é a coisa qual é ela.

Não tenho posto nada aqui já faz muito tempo. Até o meu avô reclama.
Mas não se preocupem, não estou propriamente vegetal. Há duas semanas atrás pus-me a ver umas coisas que ainda não tinha visto por NY. Dá-se um prémio ao primeiro que adivinhar o que raio são estas curvas todas, e o que levou o pinóquio ao suícidio. Fico à espera. Entretanto, vou tentando juntar umas peças para vos tornar a contar histórias mais frequentemente.




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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Corrida III - o apoio das massas

Ainda relacionado com a maratona do outro dia. Mostro-vos as diferentes personages que apoiavam o sacríficio de toda aquela gente corredora. Em Williamsburgh, sendo um bairro de músicos e artistada, esquina sim esquina não ouviam-se bandas e DJ's a bombar música para acelerar a passada e confortar os ânimos. De resto, no meio das gentes comuns, uma ou outra personagem, como a mulher maravilha, o judeu ortodoxo saído do Snatch ou o esperançado homem do O.




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sábado, 8 de novembro de 2008

A Corrida II

Um desfile de personagens.




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A Corrida - I

E agora que chegou ao fim a corrida à Casa Branca deixo aqui umas fotos que tirei no fim de semana passado da Maratona de Nova Iorque. Estava a passear por Williamsburgh quando reparei nesta maralha de gente a correr. O que me impressionou mais não foi o número de pessoas ou a distância que tinham a percorrer. O que me impressionou a diversidade de personagens que se levantaram naquela manhã para fazerem os 40km de Coney Island a Manhattan e principalmente o gosto que tinham a correr aquilo tudo. Um sacríficio que era bom porque vinha da tal vontade americana.



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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Happy Ending

Como todos os bons filmes de Hollywood, também este teve um final feliz.

O voto foi levado bem a sério hoje. Para votar em certos sítios as pessoas tiveram de esperar durante horas para, na maior parte dos casos, irem trabalhar a seguir. Ou depois de voltarem do trabalho. Votou-se a uma terça-feira! Onde é que seria isto possível no meu País? Já para não falar durante os outros dias de campanha, o esforço e a coordenação dos voluntários, mais o seu brilhozinho nos olhos! Eu bem os vi nas ruas de NY, imagino como terá sido a luta naqueles estados mais resilientes.

A América é um país especial. A forma como as pessoas deste país encontram sempre uma força para alimentar um qualquer sonho, vontade ou ambição, é notável. O empenho que colocam numa qualquer luta que achem justa, e a forma como parecem ter uma motivação sem fim que as dirige para um objectivo que traçaram.
Porque acreditam ter um papel importante no mundo. Acreditam serem algo especial, que pode tudo, que pode mudar, que deve lutar, para poder desempenhar o papel que acreditam ser o deles.

Claro, precisam de muitas luzes e brilhos, momentos açucarados, e mantras fáceis (yes we can), muito adjectivos e lágrimas e emoções e outros exageros. Mas isso só os torna mais obviamente humanos.

Obama é além de tudo um exímio orador, um político que é o que um político deve ser. É um líder que invejo, e desejaria para o meu país. Aqui fica um bocado do seu discurso talvez Hollywoodesco e populista mas, quando verdadeiro, totalmente necessário.

"...and for those who have wondered if America's beacon still burns as bright, tonight we proved once more that the true strenght of our nation comes not from the might of our arms or the scale of our wealth but from the endurant power of our ideals, democracy, liberty opportunity and unyielding hope. That's the true genius of America. That America can change. Our union can be perfected. What we already achieved gives hope for what we can and must achieve tomorrow."

Porque é a oportunidade de mudança a coisa mais útil que podemos querer da Democracia.

Agora é esperar todo o "to be continued" que aí vem. Mas isso, sinceramente, até nem é o mais importante. Desta vez, o exemplo está dado.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...


E pronto, é hoje. A ver vamos.



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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Booh!

Sexta-Feira foi Halloween cá por estes lados. À noite um amigo convidou-me para ir ao grandioso desfile da Greenwich Village, cheio de gente bem disposta e mascarada. Aceitei o convite, no papel de missionário inquisidor. O desfile desde a Canal Street pela sexta avenida acima. A coisa é engraçada, e ao contrário do que pensava, não há só monstrengos e bruxas por todo o lado. Eles aqui não usam o Carnaval, por isso estas coisa de se mascarar praticam-se na véspera do dia dos mortos. É engraçado ver o trabalho que muita gente se dá a criar a sua personagem o mais extravagantemente possível. Depois há sempre as que usam o disfarce para se tornarem mais galantes, ou os mais tímidos que se ficam pela cabeleira de palhaço ou algo parecido. Percebi que os alter-egos, uns mais significantes que outros, deixam-se passear na noite de 31. Trick or treat? No halloween ninguém leva a mal.





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